sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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Todo mundo é igual

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Você já parou e observou as pessoas ao seu redor? Analisou a sua aparência, o sei estilo, os seus movimentos, as suas expressões, as suas reações? É todo mundo igual. Todos, aparentemente, são da mesma forma. Um ou outro ás vezes se sobressai com um estilo diferente, pensando ser diferente dos demais, mas, inevitavelmente, esta copiando alguma moda. Na verdade, quando estamos cercados por pessoas e sós, tendemos a agir como todo mundo, dispersos pelos nossos próprios problemas. É uma ação inevitável, ditado pela sociedade a muito tempo. Descobri isso nas vezes que fui ao terminal de ônibus. Ficava observando as figuras que passavam por mim, todos agindo da mesma maneira. Os apressados apertavam o pé, ou até mesmo saiam correndo, sem se importar com os demais. Os perdidos olhavam sempre ao redor, a procura do ônibus correto, confusos no meio de tanta gente. Os já acostumados eram mais calmos, mas não por isso deixam de ser pensativos, todos muito individuais. As crianças eram as mais observadoras. Analisavam tudo e todos de forma curiosa.

Hoje em dia, até mesmo dentro de casa, as pessoas andam muito individualistas. Não sei se foi diferente no passado, ou se isso é uma característica própria do ser humano. Mas, acredito que deveríamos nos importar mais com os problemas dos outros, ser mais solidários e não apenas sentir dó. A grande maioria apenas pensa: "Ele(a) não faria a mesma coisa por mim". E por causa desse pensamento hipócrita deixam de ajudar. Se todos pensassem dessa forma, ninguém jamais faria alguma coisa pelo outro e todos apenas viveriam olhando para o seu próprio umbigo. As crianças famintas da África, podem talvez nunca me contribuírem, e não é por isso que não ajudarei elas.

Se as pessoas fossem menos hipócritas, a nossa sociedade teria menos conflitos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A morte

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A Morte Absoluta
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.


Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão - felizes! - num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.


Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?


Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.


Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."


Morrer mais completamente ainda,
- Sem deixar sequer esse nome.


                                                                                                               Manuel Bandeira




Morte. Algo tão comum, tão presente em nosso cotidiano e ainda assim tão temida. Indesejada, receosa. Temos medo de morrer; os que não tem são loucos. Temos também medo que alguém próximo morra; somos egoístas. Não suportamos perder algo valioso, seja um objecto ou uma pessoa. Queremos tê-la ao nosso lado, em nossa companhia, em todo momento. Mas tudo que vem, se vai. O que nasce, também morre. É a lei, é o destino, já ta ditado. Não há como escapar.

Mas será assim tão horrível? Como será? Para onde será? E depois? Há depois? Como saber?
Em que confiar? Em que se entregar para crer cegamente? Em nada podemos confiar. Nada foi provado. Só uma coisa: que vamos morrer. Todos nós, a qualquer momento, em qualquer lugar, de qualquer maneira, para qualquer espaço. O que fazer? Esperar e, então, viver. Por que não? Não o passado, nem o futuro, só o presente, apenas o agora. Não custa nada. Respire mais fundo. Bata mais seu coração. Sinta mais a sua pele. Teste seus músculos. Depois os seus ossos. Solte os cabelos. Mostre seus dentes. Abra mais seus olhos. Ouça mais fundo. Pise com tudo. Aperte suas mãos. Estique suas costas. Dobre suas pernas. Erga-se. Sinta-se. Viva-se.

Só depois, bem depois, morra. Mas jamais, morra-se.  

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

As crianças de hoje em dia estão me assustando

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Oi.

Como faço ainda o Ensino Médio, vejo sempre "crianças" em minha escola, se é que podem ser chamadas de crianças. Eu não sei vocês, mas na minha infância, que durou até os meus 14 anos (onde eu ainda brincava de agentes secretos), brincava na rua, assistia desenho animado, subia em árvores, me sujava toda... era uma completa muleca, por assim dizendo. E eu era muuito feliz. Além disso, não deixava de me arrumar, fazia mexas loiras no meu cabelo, comprava presilhas, passava gloss para sair, fazia desenhos nas unhas... acho que é só.

Mas o que importa é que a geração de 2000 para cá mudou sem que eu percebesse, o que só me assusta mais. Os que deveriam ser crianças viraram os pré-adolescentes e passaram a trocar as brincadeiras por conversas sobre vai saber o que (tenho medo de perguntar), os desenhos animados por programas da MTV, do Multishow, Malhação, Big Brother, e entre outros; roupas infantis foram trocadas por roupas juvenis, agora passam maquiagem e até usam sapato alto!

As crianças estão cada vez mais cedo se tornando imagens de adultos já formados, e o mais grave é que isso as afeta psicologicamente e até mesmo fisicamente. Ou seja, meninas andam menstruando prematuramente, ganhando pelos mais cedo, e o desenvolvimento dos seios se inicia aos dez anos, o que não acontecia a pelo menos vinte anos atrás. Já os meninos, se desenvolvem fisicamente um pouco mais tarde do que as meninas, porém a quantidade enorme de informações que adquirem na televisão e na internet são ainda mais preocupantes. Sobre essas informações acho que nem preciso dizer mais nada, vocês provavelmente já entenderam. 

Adriele Rossini, uma das monitoras do meu colégio que monitora os alunos do ensino fundamental 1 (de 6 a 10) e que constantemente mantém dialogo com os pequenos, se assustou com o comportamento avançado deles. Segundo ela, meninas dessa idade afirmam já terem "ficado" com sete meninos, vão a escola diariamente maquiadas e agem como se já fossem adolescentes, se ofendendo quando são chamadas de crianças. Já os meninos, são ainda mais preocupantes. Devido ao fácil acesso de informações pela televisão e pela internet, se relacionam com pessoas bem mais velhas em sites de relacionamentos e jogos online, adquirindo conhecimentos sobre o que não deveriam ainda saber. 

Outro fator que eu acredito influenciar muito essas crianças são as propagandas infantis de roupas, cada vez mais parecidas com peças juvenis, de sandálias que agora ganharam um "saltinho" e bonecas foram trocadas, pelas meninas mais velhas, por quits de maquiagem. E os garotos andam substituindo cada vez mais os carrinhos e bonecos de ação por vídeo games, computadores e jogos eletrônicos. 

E onde estão os pais nessas horas? nós perguntamos. Simples: estão trabalhando. Com o número de babás e empregadas diminuindo cada vez mais, as crianças mais novas têm que ir para a creche cada vez mais cedo, onde a aprendem da maneira mais correta: á base da sobrevivência, onde devem aprender em meio as outras crianças como agir, como se comportar. Com tantas crianças nas creches, as professoras e monitoras não conseguiram educar todas, o que na verdade os pais deveriam fazer.Deveriam, mas não podem. Não com o aumento dos impostos e com o crescimento da classe baixa, a classe média é a mais atingida. O que obriga as mulheres saírem de casa para irem trabalhar. Tanto tempo sem os filhos, quando os virem os pais irão mimá-los, acreditando que a creche esta fazendo todo o trabalho pesado. Quando maiores, as crianças irão para o ensino fundamental, onde, sem nenhuma base correta de educação, se relacionaram com crianças com a mesma situação, ou até mesmo piores, e os que não foram atingidos por essa maré acabaram se "contaminando". No fundamental os filhos já podem ficar em casa sozinhos, e o que eles fazem, sem pais, sem amigos por perto para brincar? Vão para o computador, assistem televisão, fechando dessa forma com chave de ouro, a educação do futuro da nação. É uma bola de neve que vai crescendo e se agravando com o passar do tempo. Não é culpa dos pais, não é culpa das crianças. Mas sim da humanidade que não previu as consequências de suas inovações. 

Eu posso estar redondamente enganada, não sou a dona da verdade. Você pode não concordar comigo. Ninguém pode prever o que acontecerá daqui alguns anos. Pode piorar ou pode melhorar, nunca se sabe. Eu apenas falei o que acho, e é para isso que serve este blog. Deixe se comentário, dê sua opinião, vamos debater juntos sobre essa polêmica. 

Obrigada.    



  

domingo, 25 de setembro de 2011

Apresentação

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Epígrafe


Sou bem-nascido. Menino,
Fui, como os demais, feliz.
Depois, veio o mau destino
E fez de mim o que quis.

Veio o mau gênio da vida,
Rompeu em meu coração,
Levou tudo de vencida,
Rugiu como um furacão,

Turbou, partiu, abateu,
Queimou sem razão nem dó –
Ah, que dor!

Magoado e só,
– Só! – meu coração ardeu:

Ardeu em gritos dementes
Na sua paixão sombria...
E dessas horas ardentes
Ficou esta cinza fria.

– Esta pouca cinza fria...

                                                                        
                                                                                                                 Manuel Bandeira




Olá.

Mais difícil que escrever um post para um blog é escrever a apresentação do blog.

Por isso decidi começar com um poema do Manuel Bandeira que eu amo de paixão , o Epígrafe, que retrata um pouco de mim, e com certeza de todos nós. Mas no momento não estou aqui para falar de poesia, e sim sobre mim e principalmente do meu blog, que eu acabei de criar meio óbvio, eu sei. Porém, para explicar o sentido deste blog terei que explicar porque este poema retrata o que estou sentindo no momento. Eu estou revoltada. Normal para alguém da minha idade pelo menos para os que pensam sobre as coisas ao invés de ficarem twitando que a pouco tempo começou a enxergar o lado sujo, podre da nossa realidade. Em outras palavras, quando enfim se extinguiu o famoso "Mundo Cor de Rosa" ou "Contos de Fadas" da mente ingénua da molecada. Comigo isso só foi aconteceu agora, com 16 anos, o que eu considero um tanto tardio. E ao invés de aceitar, como a maioria faz, acabei me revoltando. E eu consegui encaixar essa minha revolta no Epígrafe, apesar do Manuel Bandeira estar se referindo de outra coisa seu mau destino é na verdade sua doença e suas perdas familiares , mesmo que não tenha nada a ver sempre conseguimos nos identificar com algum poema, não é mesmo? Sobre o que exatamente eu estou revoltada vocês irão ver nos meus pots seguintes a este. Não sei se irão gostar de ficar lendo o que uma adolescente não acha certo. Mas, quem sabe vocês não tem a mesma opinião que eu. Saibam, porém, que não irei ficar escrevendo só sobre isso, procurarei sempre diversificar, falando de livros, poemas, notícias, eventos, e essas coisas... É isso o que vocês devem saber sobre meu blog no momento.

Agora, o que vocês devem saber sobre mim. Bem, já disse que tenho 16 anos, moro em Piracicaba, quero passar na USP e ser uma arquiteta 95% de certeza mas ao mesmo tempo não quero ficar decorando as matérias do vestibular e ficar enfiando-as à força na minha cabeça, como quase todos estão fazendo. Acho muito importante e útil sabermos sobre diversos assuntos e temas, não apenas de nossa área onde temos que nos especializarmos mais, obviamente, mas também sobre física, química, história. Eu sempre digo para mim mesma que devemos saber de tudo um pouco. Voltando a minha descrição, eu não sou uma pessoa popular, nem desejo ser sinceramente, e a última vez que me lembro de ter sido popular, foi na primeira séria, quando as meninas brigavam para ver quem ia ser minha amiga. Foi a última vez. Bem pelo contrário, hoje sou muito quieta, muito "na minha" digamos assim. Mas se vierem conversar comigo, dialogo "de boa". Também não sou muito "baladeira", não me deprimo quando não saio de casa, mas quando surge uma oportunidade aproveito com meus amigos. Nossa, é muito duro falar sobre nós mesmo, não mesmo? Acho que vocês já cansaram de tanto blá blá blá. Logo vão perceber que gosto muito de escrever.


Bem, é basicamente isso. Espero que tenham gostado.

Até o próximo post.
 

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